domingo, 19 de abril de 2009

AS CEGONHAS


Ainda há-de vir o dia em que entenderei, o pavor, o horror, que as gentes de poder, deste local, têm contra as Cegonhas. Exacto, as Cegonhas.

Primeiro, foi o pároco.
Atirou-lhes pedras e sabe-se lá que mais judiarias provocou ao pobres bichos.
Grande alarido e burburinho à boca pequena, assolou toda a cidade. Acho que, apenas depois de uma reportagem televisiva e mais uns artigos em jornais, é que a coisa acalmou.
O mais interessante é que as Cegonhas, são consideradas, pelos cristãos, como
"inimigas do mal" pois alimentam-se, entre outras coisas, de serpentes, símbolo do Diabo.

Recentemente, a CMO, investiu num "sistema" mais elaborado e caro para as eliminar.
O "Sistema" chama-se Auditório Municipal de Olhão.
5,2 milhões de euros, financiada em 70 por cento por fundos comunitários.

Construído no local da antiga fábrica Ramires, o Auditório mantém a chaminé original do edifício, que alberga uma ‘inquilina’ bastante especial: uma cegonha.

“Nós quisemos deixar esta chaminé. Foi recuperada de acordo com as novas tecnologias e, portanto, custou-nos um valor apreciável: cerca de 200 mil euros”, conta e sublinha que a estrutura está preparada para resistir a um sismo de forte intensidade.
O mais importante para nós é que esta chaminé, este símbolo que é também a cegonha, significa muito para nós, significa a defesa do ambiente e que temos cada vez melhores condições ambientais”, acrescentou o edil.


Tudo isto é muito giro...não fosse o caso de a chaminé onde reside o casal de cegonhas, ser...um PÁRA RAIOS.
200 mil euros para chacinar um casal de cegonhas...agora ai está um excelente plano.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Baixo nível

Infelizmente, após menos de um mês de existência, é com inegável tristeza que constatamos que será impossível atingir os propósitos a que inicialmente nos propúnhamos: elevar o nível do debate e engrandecer o nome de Olhão.

Esta impossibilidade deriva, e disto não há a mínima réstia de dúvida, da acção de certos indivíduos que, desprovidos de qualquer sentido de civismo, se dedicam a vexar, a fazer os outros, aqueles que realmente trabalham, passar vergonhas.

É assim que através de constantes atoardas, de vis insinuações, de mal urdidas cabalas, de vãs e ocas teorias da conspiração mais não fazem senão sujar e conspurcar o nome de Olhão.

Não há notícia sobre Olhão na comunicação social que esta ínfima plebe não comente, maculando o nome da nossa bonita cidade e daqueles que por ela trabalham.

É indesmentível que Olhão tem evoluído, e era propósito deste blog dar a conhecer a forma positiva como a nossa cidade é retratada pela comunicação social deste país. Pois ao contrário do que se diz e do que essa canalha quer fazer crer, Olhão não é notícia apenas por más razões.

Não, antes pelo contrário! A comunicação social, como também os milhares de turistas que nos visitam e que apoiam a sua opinião em factos e na experiência, não deixam de exaltar e elogiar a forma como a nossa urbe se tem desenvolvido nos últimos anos.

É um exemplo não apenas a nível nacional, mas até mesmo a nível internacional: esta realidade é visível nas diversas reportagens sobre Olhão em meios de comunicação internacionais, mas sobretudo na opinião dos milhares de turistas estrangeiros que nos visitam, muitos dos quais escolhem por cá ficar, seja de forma permanente, seja através da aquisição de uma moradia de férias.

Era este o nosso propósito. Mas desde o primeiro post aqui publicado, essa viperina ralé, esse aleivoso cancro que consome a nossa cidade e não a deixa progredir, aqui se instalou, destilando o seu veneno, as suas infâmias e calunas.

É com imensa inquietação que vemos como todos os posts que aqui colocamos são comentados de forma selvática, rude, grosseira; em suma, mal-educada, sem qualquer civismo. É um procedimento que não nos devia espantar mas que, contudo, deixa em nós, que iniciámos este blog desprovidos de qualquer interesse pessoal, uma enorme mágoa e uma inarrável angústia.

Porque para este refugo social, gente que não sabendo construir apenas destrói o que os outros fazem, não existe baixo nível que não seja possível baixar. Vejam os comentários aqui deixados, como procedem estes inimigos do progresso de Olhão, através de mentiras, insinuações, de ofensas descaradas, não apenas à honra daqueles que trabalham em prol de Olhão, mas tentando também sujar a dignidade das suas famílias, dos seus amigos, daqueles que os rodeiam. Constatem.

Fica mais do que provado que Olhão necessita, urgentemente, de desenvolver mais trabalho e de mais investimento nas áreas da cultura e da educação. Não é admissível que os Olhanenses não se saibam exprimir, que não saibam escrever e que, esta escumalha, ande por aí a fazer a apologia da má educação, da má língua, do analfabetismo, porque é disso que se trata; não de um qualquer dialecto - e isso, qualquer bom estudioso vos dirá -, mas sim de analfabetismo puro.

Tal como noutro tempo, outro senhor falava no "orgulhosamente sós", estes senhores falam-nos agora no "orgulhosamente analfabetos", pois é só através desta dicotomia, desta aporia nós-eles, que essa gente consegue, através da miséria, disseminar a sua ideologia, impor as suas ideias e atingir os seus interesses.

Mérito ao Presidente Francisco Leal e a todos aqueles que com ele trabalham: é difícil trabalhar e manter o ânimo perante tamanha ignomínia. A verdade é que os cães ladram e a caravana passa, por mais raivosos que sejam o cães.

O povo, quem realmente tem o poder de decidir, tem sabido distinguir o trigo do joio, não se deixando iludir por estas mentiras, mas constatando o trabalho que tem sido desenvolvido em prol de todos, pois não é possível tapar o sol com uma peneira.

A realidade, aquilo que realmente existe, é indesmentível. Nada podemos contra essa usura, por muito que queiramos reescrever e reinterpretar esse tempo em função dos nossos interesses e ideologias.

A obra está iniciada. O progresso e o desenvolvimento iniciaram uma marcha imparável sobre Olhão, e nem nada nem ninguém conseguirão deter essa marcha.

Por muito que queiram, a pobreza, o Olhão dos pés descalços e dos orgulhosamente pobres e mal educados será, muito em breve, uma distante e infausta realidade. Algo que recordamos com tristeza, mas que não queremos que regresse. Pelo menos não todos de nós.